Plano Galicia em AVE
Troço Zamora a Ourense
Versão 1 e 2.
terça-feira, 17 de outubro de 2017
Fomento rectifica Plano Galícia
Fomento rectifica e
renúncia ao AVE de via única para a Galiza que Ana Pastor tinha impulsionado
Finalmente,
a maior parte do percurso entre Zamora e Ourense será em via dupla
A linha de
alta velocidade para a Galiza (AVE
galego) vai ter uma nova alteração, neste caso para aumentar as suas
capacidades de ligações e obter a homologação com as principais vias de alta
velocidade de Espanha e Europa, com a infraestrutura em via dupla na maior parte do seu percurso.
Quando Ana
Pastor era a ministra do Fomento, em plena crise e em alguns casos com base em
previsões de tráfego, foram delineadas linhas
de alta velocidade com vários troços de percurso em via única, como sucede
actualmente no percurso entre Olmedo (Valladolid) e Zamora, no novo acesso
ferroviário a Galiza, percurso onde cerca de 70% deste troço de 92 quilómetros
são em via única.
Parece que
tanto o ministério do Fomento como ADIF
decidiram alterar esta política, que pretendia alguma economia de custos com a
infraestrutura das vias e com a electrificação, assim como a sua manutenção,
sacrificando desta forma os tempos de viagem e frequência dos serviços, uma vez
que o tráfego dos comboios estaria mais condicionado com os cruzamentos nas
viagens de ida e volta.
Desta forma,
ADIF confirma que o projecto de montagem de via nos 110 quilómetros do troço Zamora-Pedralba prevê a sua execução em duas fases, uma para via.
Neste troço vão ser executadas simultaneamente as duas fases (montagem das duas
vias).
Por outro
lado, ADIF também informa que os projectos da montagem de via do troço Pedralba-Taboadela (103
quilómetros) estão em fase de redacção.
Não obstante confirma que as especificações técnicas para a redacção do
projecto contempla "a montagem de via dupla numa única fase".
Que significa isto comparado com o
projecto anterior?
Dos 213 quilómetros entre Zamora e Taboadela - às portas de Ourense, onde se
inicia a solução provisória para a chegada do AVE enquanto não se constrói a
variante - cerca de 176 serão em via
dupla, o que representa mais de 82.5% do percurso, o mais complexo de todo
o novo acesso ferroviário entre as principais galegas e Madrid.
No plano
inicial delineado quando Ana Pastor era ministra do Fomento apenas estavam
previstos 83 quilómetros em via dupla.
O
especialista ferroviário Luís Baamonde recorda que a galeria dos túneis 1 e 2
da saída de Zamora para a Galiza "obrigavam a uma certa redução da
velocidade dos comboios, pelo que são em via única para que se possa praticar
dentro deles boas velocidades".
Mas depois
destes oito quilómetros, a partir de La Hiniesta, haveria via dupla até â
estação de Sanabria, algo que considera muito importante, "pois será neste
troço que se vão concentrar a maioria dos cruzamentos desta linha de alta
velocidade" afirma este técnico.
Tempo de viagem
A consulta a
outros especialistas mostram que esta alteração ao projecto, condicionado pela
nova normativa comunitária, poderá levar a uma melhoria dos tempos de viagem previstos para uma linha de alta
velocidade de custo reduzido, e aproximar-se mais do objectivo de colocar
as principais cidades atlânticas a três horas de Madrid.
Deve-se
recordar que o desenho que se fez desta linha de alta velocidade, contando com
a solução provisória para Ourense, aumentava o tempo de viagem de e para Madrid
em cerca de vinte minutos. Este aumento de tempo de viagem considerou-se
"residual" na altura da planificação que foi aprovada em 2003, quando
se concebeu o chamado Plano Galicia.
ADIF vai
revelando detalhes da nova planificação após a posse de Ínigo de la Sierra à
chefia do ministério do Fomento, embora ainda fique por saber se se optará pela
mudança de bitola no troço Santiago-Ourense e no eixo atlântico, opção que cada
vez mais os técnicos não acreditam que venha a acontecer. Em princípio estas
alterações já decididas não alteram os prazos estabelecidos. A linha estará em
testes no final de 2019.
Concurso
para o ramal de ligação de Ourense
A
Administração das Infraestruturas Ferroviárias (ADIF) acaba por aprovar, pelo
valor de 7.3 milhões de euros, o concurso para a construção do ramal que ligará
a linha de alta velocidade em Taboadela com a linha convencional actual de
traçado urbano, que será também reformada para que os comboios de alta
velocidade possam atravessar a cidade enquanto é construída a variante exterior
da linha de alta velocidade.
ADIF
assegura que com este contrato "cumpre os seus compromissos e a
planificação estabelecida", uma vez que as obras em questão têm um prazo
de execução que permite cumprir o objectivo de que no final de 2019 possam
circular comboios de testes entre Pedralba - aonde já haverá linha de alta
velocidade no final de 2018 - e Ourense.
Com este
troço provisório urbano de Ourense estão destinados 103 milhões de euros para
dotar de bitola internacional ou padrão a actual via convencional que cruza a
cidade em 13 quilómetros. O ministério do Fomento já iniciou as expropriações
para avançar com este projecto, que deve ser feito em pouco mais de um ano de
forma a cumprir com os prazos.
Citando La Voz de Galicia 20171006
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segunda-feira, 16 de outubro de 2017
Estação de Santa Apolónia - Lisboa - Hotel
Foi publicado no Expresso - Caderno de Economia - na edição de 7 de Outubro o anúncio para a selecção dos candidatos ao concurso de exploração de uma unidade hoteleira, de quatro ou mais estrelas, nas instalações da estação de Santa Apolónia, na cidade de Lisboa.
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sábado, 14 de outubro de 2017
Alta Velocidade Medina-Meca
O AVE "galego" de Arábia já
está pronto
O consócio
espanhol, que inclui a empresa de Ourense, COPASA, finaliza as obras do comboio
a MECA, que arrancará em Janeiro de 2018.
O AVE entre Meca e Medina, as duas
cidades santas do Islão, já é uma realidade.
Uma
realidade com 450 quilómetros de carris, respectivas linhas de comunicação e
quatro macro-estações, uma obra gigantesca no meio de um deserto de pedra e areia
na Arábia Saudita encarregada a um consócio espanhol no qual a empresa de
construção COPASA, empresa da Galiza, tem um papel importante.
Toda a via
já está preparada e apenas falta começar a circulação dos comboios, para os
testes em Janeiro próximo.
No final do primeiro trimestre de
2018 está previsto o início do serviço comercial para uma movimentação diária de
160000 passageiros. Esta ligação foi concebida exclusivamente para o transporte
de peregrinos entre as duas cidades, sendo que actualmente só o podem fazer por
via rodoviária.
O custo de toda esta infraestrutura
alcança a cifra de quase 6800 milhões de euros.
O grupo de
empresas de Ourense a que preside José Luís Suárez - sendo ele próprio o maior
acionista - teve a seu cargo a construção de três troços com um total de 240
quilómetros.
Em Junho
completou-se a montagem das vias entre as estações de Yeda e Meca. A parte mais
difícil para o trabalho desta firma foi o atingir Meca devido aos sucessivos
atrasos acumulados pelo consócio chinês-saudita responsável pelos trabalhos de
preparação da plataforma onde estão montadas as vias. Estes atrasos foram
sobretudo devidos à abertura de trincheiras na saída de Yeda.
Os trabalhos
ainda pendentes limitam-se ao nivelamento, soldaduras e tensões, cujo final
está previsto para o próximo Novembro.
A parte
restante da via (207 quilómetros) foi executado pela firma OHL, empresa de
Villar Mir, que agora trabalha nas ligações de via do trajecto com o aeroporto
de Yeda, entre Meca e Medina.
A presença
de empresas galegas nesta infraestrutura grandiosa no deserto afirmou-se quer
pela presença de chefes de obra como de pessoal de empresas subcontratadas e
até aos serviços de restauração para o acampamento que a COPASA tinha na zona,
junto a uma oficina e a uma fábrica de condutas, tudo no meio de nada e sob temperaturas
de mais de 50 graus em alguns meses.
Havia cerca de
cinquenta trabalhadores galegos, de um contingente que chegou a movimentar
cerca de 200 pessoas vindas de Espanha e meio milhar de trabalhadores locais.
Uma boa
parte de todo este pessoal já está desactivado, mas na Arábia Saudita - um país
complicado para condições de trabalho quer pelas condições climáticas, quer
pelas condições políticas - ficará durante os próximos 12 anos de contrato
pessoal para a manutenção de via.
Citando La Voz de Galícia de 20171005
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