quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Passagem Pedonal entre as avenidas em Olhão

 As obras que se fazem têm por vezes óbices caricatos como neste caso na linha do Algarve ao ponto quilométrico 350.110 e como diz o ditado "De boas intenções está o inferno cheio".
 

Como todos os Olhanenses se recordam a antiga passagem de nível que unia a avenida da República com a avenida Dr. Bernardino da Silva foi, em devido tempo, substituída por uma passagem desnivelada (inferior) com grande vantagem para todo o tráfego rodoviário.

A referida passagem inferior está provida de acessos pedonais que evitam o atravessamento por parte dos peões no nível da ferrovia, através de passeios que acompanham a faixa de rodagem e acessos quer por rampa quer por escada.

No entanto, desde o início da existência da passagem desnivelada os peões sempre mostraram uma grande “resistência” em abandonar o atravessamento a nível da via férrea o que originou que a REFER tivesse que colocar uma passagem pedonal a nível (Pk350.11).

Mais recentemente o facto de a circulação na via pública ser mais atreita a tentativas de assaltos mais reforçou a utilização da passagem pedonal a nível em detrimento da desnivelada.

Essa passagem pedonal encontra-se provida dos meios de segurança que a empresa da infraestrutura ferroviária (REFER) está obrigada a manter para um trânsito seguro dos cidadãos que por ela optarem.

Uma dessas características é a existência de labirintos de acessos de ambos os lados da via férrea de forma a “obrigar” o cidadão que nela pretende efectuar o atravessamento a ver o movimento dos veículos ferroviários de ambos os lados.

Durante muito tempo o piso era constituído por travessas do caminho de ferro que possibilitavam o atravessamento de forma cómoda e prática.

Afim de modernizar esse mesmo piso, melhorando as condições de uso e igualmente a segurança, foram recentemente as travessas de madeira substituídas por placas de material anti-derrapante colocado entre os carris e de rampas em cimento que permitem subir ao nível do carril para o atravessamento e descer ao nível da rua do lado oposto.

Tal iniciativa por parte da REFER só merece o nosso aplauso pelo cuidado que demonstra junto do cidadão em melhorar as condições de atravessamento bem como a segurança.

Infelizmente em tudo na vida há sempre um MAS…

As condições agora criadas na madrugada do dia 20 de Setembro de 2013 são as melhores para todos aqueles que por ali transitam, sejam jovens ou adultos, a pé ou de bicicleta, mães empurrando os respectivos carrinhos de bébé.

Já o mesmo não podemos dizer no caso de pessoas idosas com limitações de locomoção ou em cadeira de rodas não motorizada.

É que as rampas de acessos construídas em cimento apresentam um declive acentuado o que torna difícil ou mesmo problemático o uso da passagem pedonal.

O remédio para tal óbice é fácil de resolver. Basta apenas aumentar o comprimento da rampa, e existe espaço para o fazer, tornando o desnível mais suave.


Na foto as setas verdes mostram o actual comprimento da rampa de que estamos falando. Ora existe espaço para se aumentar o comprimento da rampa como mostra a seta mais à direita (vermelha).

Sendo uma obra de fácil solução daqui se apela à REFER para que prontamente seja solucionada a bem de todos os que, com um pouco de mais limitações, por ela têm que passar no seu dia a dia.

As entidades locais em devido tempo foram alertadas e por certo já desenvolveram os seus contactos junto da empresa proprietária da infraestrutura ferroviária.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Recomendação da Assembleia da República acerca da Linha do Algarve

Foi publicado no Jornal Oficial de hoje uma recomendação da Assembleia da República ao Governo da Nação acerca da linha ferroviária do Algarve.

Transcrevemos abaixo:


Diário da República, 1.ª série — N.º 216 — 7 de novembro de 2013            6417

6418           Diário da República, 1.ª série — N.º 216 — 7 de novembro de 2013

Resolução da Assembleia da República n.º 146/2013

Recomenda ao Governo que proceda às obras de remodelação e eletrificação da Linha do Algarve

 

A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo que proceda a uma maior articulação dos horários dos comboios regionais com os comboios de longo curso (Alfa--Pendulares e Intercidades).

 

Aprovada em 25 de outubro de 2013.

 

A Presidente da Assembleia da República, Maria da Assunção A. Esteves.
 
 
 
Nota: Como o Diário da República utiliza o portugalês poderá por vezes ser difícil a interpretação de algumas palavras usadas. No texto transcrito apenas encontramos uma, eletrificação, que como todos poderão facilmente deduzir refere-se a electrificação.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

AVE - Extremadura - Plasencia/Cáceres - Concursos

Conforme informa o Jornal de Negócios:

Espanha aprova mais obras na ligação ferroviária de alta velocidade a Portugal
08 Outubro 2013, 09:39 por Lusa
 
O Ministério de Fomento espanhol aprovou a licitação de obras de plataforma de três novos troços pertencentes à linha ferroviária de alta velocidade Madrid-Extremadura-fronteira portuguesa, no valor de 100 milhões de euros.
A licitação, aprovada através do conselho de administração da ADIF (Administrador de Infraestruturas Ferroviárias),refere-se aos troços da estação de Plasência, da estação de Plasência-Arroio da Charca e Arroio de Charca-Grimaldo, pertencentes ao troço Talayuela-Cáceres.

Os três troços licitados, com um total de 16,8 km e localizados totalmente dentro da província de Cáceres, representam um investimento total de 100,81 milhões de euros.

Segundo o Governo, a ADIF continua a dar "um impulso à conexão ferroviária entre Madrid e a Extremadura, possibilitando o cumprimento do compromisso do ministério de Fomento para reduzir os tempos de viagem entre as duas comunidades autónomas".

Em Maio, durante uma visita às obras dos viadutos sobre os rios Tejo e Almonte, a ministra de Fomento, Ana Pastor, reafirmou o compromisso do Governo de ter a ligação terminada até 2015.
Isso permitirá uma ligação ferroviária entre Madrid e Badajoz em 3 horas e 35 minutos, reduzindo em 1 hora e 35 minutos o tempo de viagem entre as duas cidades (com paragens em Talavera da Rainha e Cáceres).

O tempo de viagem entre Madrid e Cáceres será de menos 50 minutos (2 horas e 39 minutos) e entre Madrid e Mérida o tempo de viagem será de 3 horas e 14 minutos, menos 1 hora e 15 minutos do que atualmente.

Em concreto, o troço Estação de Plasência, de 4 km, conta com um orçamento de 24,3 milhões de euros e inclui um viaduto sobre o Arroio de Valdelinares, de 339m.

Por sua vez, o troço Estação de Plasencia-Arroio da Charca, de 6,4 km, conta com um orçamento de 29,6 milhões de euros e inclui três viadutos.

Finalmente o troço Arroio da Charca-Grimaldo, de 6,4 km, conta com um orçamento de 46,86 milhões de euros e inclui quatro viadutos.

O projeto de ligação ferroviária até à fronteira terá apoios europeus, nomeadamente do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), que cofinancia as obras de plataforma do troço Talayuela-Cáceres-Mérida, com 441,9 milhões de euros.

As Ajudas RTE-T 2007-2013 cofinanciam os estudos e projetos do troço Talayuela-fronteira portuguesa bem como as obras de plataforma do troço Mérida-Badajoz-fronteira portuguesa, com 62,7 milhões de euros

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Quando o Algarve passou a ter serviço de Tranvias

Já tinha passado a segunda guerra mundial quando Portugal começou a modernizar os seus caminhos de ferro em termos de veículos encomendando as primeiras locomotivas a diesel para as suas ligações mais rápidas. Essa foi uma opção acertada uma vez que a tracção a vapor estava a chegar ao final da linha em termos de economia/potência/velocidade.

Igualmente os caminhos de ferro portugueses apostaram em automotoras sendo que as primeiras de linha, para serviços regionais e interregionais, bem como como para serviços locais, encomendadas à firma sueca NOHAB, viessem a demonstrar uma fiabilidade e eficiência que faz com que nos dias de hoje, já não na ferrovia portuguesa mas na argentina ainda continuem a demonstrar as suas capacidades passados que são praticamente 66 anos da sua saída de fábrica.

Na sua época foram o sinal do moderno e da actualização da ferrovia portuguesa e em 1954 possibilitaram aos Caminhos de Ferro Portugueses (CP) introduzir nas linhas do Algarve um serviço de Tranvias, até então inexistente, que muito dinamizaram as ligações entre as diversas partes desta província.

O serviço até então praticado resumia-se a pouco mais do que quatro ligações de longo curso, Barreiro-Vila Real de Santo António, com as respectivas ligações a Lagos, diárias em cada sentido.
Localmente circulava um onibus diário em cada sentido.

No dia 1 de Novembro de 1954 inicia-se o serviço tranvias que se sobrepunha ao serviço de longo curso no trajecto Lagos-Vila Real de Santo António, efectuado pelas automotoras NOHAB.

A Gazeta dos Caminhos de Ferro Nº. 1606 (Ano LXVII) de 16 de Novembro de 1954 dá notícia desse melhoramento:

As comunicações ferroviárias entre Lagos e Vila Real de Santo António começaram a ser beneficiadas de 1 de Novembro em diante, com um serviço de automotoras, cómodas e rápidas, tocando em todas as estações e apeadeiros, e nas novas paragens de Alvalede, Patã, Vale Judeu, Marchil, Rio Seco, Bias, Fuzeta A e Aroeira. O trajecto de Lagos a Vila Real de Santo António, ou vice-versa, é efectuado em três horas e meia.

Há, diariamente, oito circulações em cada sentido. No sentido barlavento-sotavento, 5 de Lagos a Vila Real de Santo António (com partidas às 6.35, 8.35, 11.35, 17.35 e 19.35); uma de Lagos a Faro (partida às 13.35); outra de Lagos a Tunes (partida às 22.35); e outra de Faro a Vila Real de Santo António (partida às 16.05 horas).

No sentido contrário: 5 de Vila Real de Santo António (com partidas às 7.00, 9.00, 11.00, 16.00 e 18.00); uma de Vila Real de Santo António a Faro (com partida às 13.05); outra de Faro a Lagos; e ainda, outra de Tunes a Lagos (com partidas às 5.27 horas).

Os jornais do Algarve, ao noticiar este melhoramento, dirigem à C.P. expressões de gratidão e contentamento.


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Início do Serviço CELTA (Porto-Vigo-Porto)

O jornal "La Voz de Galicia" publica no dia 2 de Julho de 2013 o seguinte acerca da inauguração deste novo serviço:

Vigo y Oporto, desde hoy a dos horas de distancia en tren
 
También se pone en marcha un servicio de lanzaderas con Valença, llamadas Celtas Cortos, que harán paradas en varios municipios
 
María Jesús Fuente 02 de julio de 2013 01:47
 
El billete único y la eliminación de quince paradas acaban desde hoy con las tres horas y cuarto que separaban en tren Vigo y Oporto y con la interrupción del viaje en Valença do Minho para comprar otro billete. Diez años después de que se iniciaran los primeros intentos, el automotor directo reduce el viaje en una hora y permite circular por los dos países con un billete, algo en apariencia sencillo, pero que se encontró con una traba tras otra. En principio, las mejoras se limitan solo a estos dos aspectos. El tren, un automotor modelo 492, sigue siendo el mismo que existía con anterioridad, con una antigüedad que ronda los veinte años. La velocidad media es de 71 kilómetros por hora al existir muchos tramos de vía única en el país vecino, lo que le obliga a efectuar paradas técnicas de minutos.

Tanto la ministra de Fomento, Ana Pastor, como el titular de Economía portugués, Álvaro Santos Pereira, destacaron ayer en la inauguración que se trata del primer paso para continuar con la electrificación total de la vía. Su conclusión está prevista para el 2016 y permitirá ahorrar casi otra hora de viaje.

Pastor admitió que «es el avance que se podía hacer en este momento» para facilitar la conexión entre las dos ciudades y, por tanto, del eje atlántico. Destacó la importancia del momento, «no porque hayamos hecho una proeza, sino porque hemos puesto la primera piedra de esta comunicación directa». Explicó que se ha constituido también un grupo de trabajo de mercancías para fomentar el transporte por ferrocarril, cuya cuota actual es del 4 % del total de toneladas por kilómetro.

El tren directo que hoy se pone en marcha con el nombre de Celta tendrá dos frecuencias diarias durante toda la semana con salida de Vigo a las 9.02 y 19.54 horas y desde Oporto a las 8.15 y 19.15. El precio por trayecto es de 14,75 euros.

La idea es que sirva de revulsivo para dinamizar el turismo entre Galicia y el norte de Portugal, así como para facilitar los traslados por motivos laborales y de negocio. La riqueza paisajística del trayecto es una de las mayores bazas de esta ruta, tal como ayer pusieron de manifiesto los ministros de ambos países durante el viaje inaugural. Para Álvaro Santos Pereira, es fundamental la aproximación de España y Portugal, de ahí que se estén estudiando todas las posibilidades que contribuyan a ello. El tren directo, dijo, solo es el primer paso para intentar integrar los dos sistemas ferroviarios.